quarta-feira, 26 de outubro de 2016
Teocentrismo x Antropocentrismo
Teocentrismo x Antropocentrismo
Ao romper com
os paradigmas* defendidos pela Igreja Católica, o Renascimento representou a
ascensão dos ideais burgueses sobre o pensamento e a cultura medieval. A
mentalidade renascentista rompeu com a visão de mundo onde a religião ocupava o
centro de todas as questões (teocentrismo).
Para os
humanistas, o centro de toda e qualquer pesquisa deveria ser o próprio ser
humano (antropocentrismo) e não a religião, como acontecia anteriormente.
Como
resultado imediato disso, a Igreja deixou de ser vista como aquela que tinha as
respostas para todos os problemas da vida e da sociedade.
Com suas
estruturas ideológicas abaladas, a Igreja Católica perdeu muito de seu poder
político e, por incrível que possa parecer, também perdeu muito de seu
prestígio mesmo no meio religioso, pois novas interpretações, principalmente
humanistas, sobre a religião passaram a surgir, principalmente após a Reforma
Protestante.
Antropocentrismo
(do grego anthropos, "humano"; e, kentron, "centro") é uma
concepção que considera que a humanidade deve permanecer no centro do
entendimento dos humanos, isto é, o universo deve ser avaliado de acordo com a
sua relação com o Homem, sendo que as demais espécies, bem como tudo mais,
existem para servi-los. O antropocentrismo coloca o homem no centro do
universo, postulando que tudo o que existe foi concebido e desenvolvido para a
satisfação humana.
O termo tem
duas aplicações principais. Por um lado trata-se de um lugar comum na
historiografia qualificar como antropocêntrica a cultura renascentista e
moderna, em contraposição ao suposto teocentrismo da Idade Média. A transição
da cultura medieval à moderna é frequentemente vista como a passagem de uma
perspectiva filosófica e cultura centrada em Deus a uma outra, centrada no
homem – ainda que esse modelo tenha sido reiteradamente questionado por
numerosos autores que buscaram mostrar a suposta continuidade entre a
perspectiva medieval e a renascentista.
Por outro
lado, e em um contexto moderno, se denomina antropocentrismo às doutrinas ou
perspectivas intelectuais que tomam como único paradigma de juízo as
peculiaridades da espécie animal, mostrando sistematicamente que o único
ambiente conhecido é o apto à existência humana, e ampliando indevidamente as
condições de existência desta a todos os seres inteligentes possíveis.
O
Teocentrismo (do grego, theos "Deus" e kentron "centro",
que significa literalmente "Deus como centro do mundo") é a doutrina
calcada nos preceitos da Bíblia, donde Deus seria o fundamento de tudo e
responsável por todas as coisas.
Esse
pensamento vigorou durante o período da Idade Média, e torna-se oposto à
doutrina posterior, o antropocentrismo bem como aohumanismo renascentista, cujo
foco está sobre o homem como o centro mundo. Destarte, o teocentrismo esteve
focado sobretudo na valorização do pensamento sagrado de forma que o prazer era
visto como pecado. Assim, o desejo divino sobrepõe-se à vontade e racionalidade
humana.
Sem espanto,
o Teocentrismo Medieval representou a relação entre o divino (religião) e os
cidadãos do medievo, ou seja, a existência de uma única verdade, inspirada em
Cristo e nos preceitos da Bíblia. Foi dessa maneira, refutando ideias
científicas e empiristas, que a religião e consequentemente Deus, permaneceu
durante séculos como a figura central e salvadora, presente na mentalidade da
população, bem como nos aspectos sociais, políticas, culturais e econômicos da
época.
Referências:
Teocentrismo
Dá-se o nome de teocentrismo à doutrina que coloca Deus como director absoluto de todos os acontecimentos do universo. Segundo o teocentrismo, aquilo que acontece no mundo, incluindo as acções dos seres humanos, depende de Deus.
Os teocentristas explicam a realidade a partir da vontade divina: tudo se deve a Deus. A ciência, neste âmbito, fica em segundo plano tendo em conta que qualquer fenômeno, por menor ou insignifiquante que seja, é regido em última instância pela divindade.
Durante muitos séculos, o teocentrismo foi a doutrina predominante. Desde o começo da era cristã até ao início do Renascimento, as diversas correntes filosóficas tinham tendência a situar Deus no centro da cena. O panorama passou a mudar a partir do Renascimento, quando se colocou o ser humano como protagonista central do universo.A partir do século XV, a maior parte das correntes do pensamento deixaram de reconhecer Deus como a única causa de tudo aquilo que acontece no universo, passando a ser considerado, só em alguns casos, como sendo mais um de vários factores.
Posto isto, passou-se do teocentrismo para o antropocentrismo, que considera as pessoas como centro dos acontecimentos.
O antropocentrismo pensa a realidade a partir dos interesses e das condições dos seres humanos, ao contrário do teocentrismo, que o faz a partir da presença de Deus.
Entre o teocentrismo e o antropocentrismo encontra-se o biocentrismo, que tem todos os seres vivos como eixo para além do ser humano.
domingo, 23 de outubro de 2016
Escala de Allport 5 nives de preconceito
Escala de Allport é um método para medir o preconceito numa sociedade. Também é conhecida por Escala de Preconceito e Discriminação de Allport ouEscala de Preconceito de Allport.
Nível 1 - Antilocução
Antilocução significa um grupo majoritário fazendo piadas abertamente sobre um grupo minoritário. A fala se dá em termos de estereótipos negativos e imagens negativas. Isto também é chamado de incitamento ao ódio. É geralmente vista como inofensiva pela maioria. A antilocução por si mesma pode não ser danosa, mas estabelece o cenário para erupções mais sérias de preconceito. Por exemplo, piadas sobre portugueses (no Brasil), brasileiros (em Portugal), negros, gays etc.
Nível 2 - Esquiva
O contato com as pessoas do grupo minoritário passa a ser ativamente evitado pelos membros do grupo majoritário. Pode não se pretender fazer mal diretamente, mas o mal é feito através do isolamento.
Nível 3 - Discriminação
O grupo minoritário é discriminado negando-lhe oportunidades e serviços e acrescentando preconceito à ação. Os comportamentos têm por objetivo específico prejudicar o grupo minoritário impedindo-o de atingir seus objetivos, obtendo educação ou empregos etc. O grupo majoritário está tentando ativamente prejudicar o minoritário.
Nível 4 - Ataque Físico
O grupo majoritário vandaliza as coisas do grupo minoritário, queimam propriedades e desempenham ataques violentos contra indivíduos e grupos. Danos físicos são perpetrados contra os membros do grupo minoritário. Por exemplo, linchamento de negros nos Estados Unidos da América, pogroms contra os judeus na Europa, e a aplicação de pixe e penas em mórmons nos EUA dos anos 1800.
Nível 5 - Extermínio
O grupo majoritário busca a exterminação do grupo minoritário. Eles tentam liquidar todo um grupo de pessoas (por exemplo, a população dos índios norte-americanos, a Solução Final para o Problema Judeu, a Limpeza Étnica na Bósnia etc).
Refencias:
domingo, 9 de outubro de 2016
Expressionismo principais obras e autores
O Expressionismo foi um movimento artístico relacionado a aspectos subjetivos e a temas dramáticos e obsessivos. O movimento ganhou força no século XX em várias vanguardas. Essa arte buscava mostrar o instinto e o sentimento humano.
Os temas mais recorrentes das obras expressionistas eram o amor, o ciúme, o medo, a solidão, a miséria humana e a prostituição. Conheça os principais artistas e obras do expressionismo:
- Gauguin
- Cézanne
- Van Gogh
Algumas obras de expressionismo
Gauguin – Se dedicou a uma produção artística singular e de vanguarda no século XX. Sua obra mais famosa é chamada de Cristo Amarelo.
Cézanne – Tinha uma tendência em converter elementos naturais em figuras geométricas. Trabalhava com impressões captadas pelos sentidos. Suas principais obras são Retrato de Louis-Auguste Cézanne, Paul Alexis lendo Émile Zola, A alameda de Jos de Bouffan, A casa do enforcado e Autorretrato com um chapéu de palha.
Van Gogh – Recriou a beleza dos seres humanos e da natureza. Deixou uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Os quadros mais famosos de Van Gogh são A noite Estrelada, Lírios, Campo de Trigo com Corvos e Terraço do Café na Praça do Fórum.
Cézanne – Tinha uma tendência em converter elementos naturais em figuras geométricas. Trabalhava com impressões captadas pelos sentidos. Suas principais obras são Retrato de Louis-Auguste Cézanne, Paul Alexis lendo Émile Zola, A alameda de Jos de Bouffan, A casa do enforcado e Autorretrato com um chapéu de palha.
Van Gogh – Recriou a beleza dos seres humanos e da natureza. Deixou uma obra plástica composta por 879 pinturas, 1756 desenhos e dez gravuras. Os quadros mais famosos de Van Gogh são A noite Estrelada, Lírios, Campo de Trigo com Corvos e Terraço do Café na Praça do Fórum.
Expressionismo
O Expressionismo foi um movimento artístico vanguardista que apareceu na Alemanha nos primeiros anos do século XX e influenciou várias gerações de artistas plásticos.
Entre as vanguardas artísticas europeias do início do século XX, o expressionismo foi uma das mais notórias. A arte expressionista teve seu desenvolvimento principal na Alemanha, não se restringindo apenas às artes plásticas, mas abrangendo o cinema também. O conceitoexpressionismo tornou-se corrente na crítica jornalística depois que Herwath Walden popularizou-o em sua revista “Der Sturm” (A Tempestade), em 1912
Características do Expressionismo
Entre as principais características da arte expressionista, destaca-se a distorção linear, isto é, os traçados espessos e angulosos das formas retratadas, seja de seres humanos, seja de objetos, o que produz uma simplificação radical das formas. Destaca-se também o emprego de cores intensas, com pinceladas bem marcadas, deixando evidente o efeito do traçado sobre a tela. Essas características já podiam ser vistas, em germe, em artistas das últimas décadas do século XIX, como os pós-impressionistas Gauguin, Edvard Munch e Vincent Van Gogh, que serviram de modelo aos expressionistas.
Os artistas ligados ao expressionismo organizaram-se em dois grupos, um na cidade de Dresden e outro na cidade de Munique, como explicita o crítico Larry MacGinity:
“O movimento expressionista estava associado a dois grupos de artistas, um baseado em Dresden e outro em Munique, sendo que ambos possuíam muitos objetivos e influências em comum. Os artistas queriam distinguir-se da sociedade urbana, da qual a maioria deles se originou. Alguns levaram uma vida comunitária em áreas rurais, onde desenvolveram uma fascinação por sociedades 'primitivas', tornando-se colecionadores e imitadores da arte folclórica alemã, em um esforço para reacender a força vital da arte, que acreditavam ter sido suprimida.
A arte primitiva das tribos africanas também serviu como fonte para os expressionistas, mas também outras fontes foram de fundamental importância, como os artistas do Renascimento Alemão Albrecht Dürer e Mathis Grünewald, com seus trabalhos em desenho e seu uso específico de luz e sombra. Além disso, no campo das ideias, os expressionistas serviram-se do pensamento filosófico deFriedrich Nietzsche. Inclusive, foi pensando em uma imagem descrita por Nietzsche, que falava a respeito da situação do homem – que está sempre a caminhar sobre uma ponte que o levará além do que é –, que o nome do grupo expressionista ficou conhecido como “A Ponte” (Die Brücke).
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